Thunder... thunder...

Muito feliz e bobo com a minha 1ª tattoo.
Quem fez foi o Beto, do Areal Ink (grande amigão, ótimo tatuador (mão leve e precisa, e com muita paciência comigo)).

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Tava há pelo menos 4 anos me moneando pra fazer. Os co-culpados dessa tattoo são a Ana Band e o Gabol. A Ana é provavelmente a pessoa que me conhece há mais tempo na vida, a gente foi colega de 2º grau, na facul ela foi minha professora e minha banca do tcc e depois a gente trabalhou junto no jornal. Ela fez um sei lá o que no mestrado dela e pediu pra nossa turma ir na casa dela comer bolachinha e falar sobre a nossa infância, e em como ela se relacionava com nossa escolha profissional. Na outra semana a gente tinha que comer mais bolachinha e levar um "dever de casa": desenho, poesia, balé, whatever (eu fiz um desenho). E o Gabol aproveitou pra fazer uma tatuagem. Ali eu decidi fazer essa tattoo.

E o Beto foi meu colega no CEFET. Ele se mudou, trocou o celular, não tinha internet e eu perdi ele completamente de vista. Um dia, eu encontrei ele no Sanata. "Beto, caralho, há quanto tempo, o que tu tens feito?". E ele, com os oim cheio dágua: "Bah, minha filha acabou de nascer, aqui pertim, na Beneficência". Quando ele me falou que era tatuador, eu decidi que ia fazer com ele.

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E então? Não enrola diz duma vez:
Ok, sabe aquelas pessoas que dizem "neh, não dói". Mentira. Claro que dói porra, tem um bagual te raspando o côro com uma agulha. Mas é bem suportável (ir ao dentista é muito pior). No início doeu, e eu pedi pra parar. No meio a pele fica amortecida e chega até ser gostoso. Ae no final doeu de novo, mas já tava acabando. Na maior parte do tempo é só uma sensação semi-desagradável de raspagem, só isso. Claro que eu fiz 4.725 combinações diferentes de caretas (têm músculos do rosto que eu nem tinha idéia que se podia flexionar).

A parte chata mesmo é ter que cuidar. Tô fazendo tudo o que o dotô mandô fazê (se ele tivesse dito pra  eu usar um gorro vermelho e cantar La Llorona numa noite de lua nova certo que eu fazia). E a primeira vez de trocar o plasticuzinho é bem feio, a tintas se misturam com um pouco de sangue e fica um lance de filme de zumbi. Mas no 2º dia não vaza mais, já fica tri bonitim. Mas por outro lado é um ritual gostoso (tipo... "my preciousssss... ")

E já me disseram que pra cor durar eu tenho que cuidar como se naquele pedaço de pele eu fosse um polaco: passar protetor, etc... Né? Casamento pra vida toda.


Enfim.

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...Thundercats, ho!